Versão Brasileira da Escala de Assertividade Rathus: Teste de Construto e Construção de Normas Diagnósticas

Os objetivos deste estudo foram (1) testar a validade de construto da versão brasileira da RAS; (2) avaliar o efeito de variáveis sócio-demográficas em relação aos seus escores; e (3) elaborar normas diagnósticas para os respondentes. A amostra foi composta por 612 sujeitos, a maioria com idade inferior aos 18 anos, do sexo feminino, solteiros e não universitários. Os 20 itens da escala foram submetidos a uma análise MIL, o que ocasionou a redução destes para dez, todos com carga fatorial maior que .30, explicando 10,9% da variabilidade total dos escores e apresentando um α= ,68. Os escores na RAS reduzida foram influenciados pelas variáveis escolaridade e idade do respondente, sendo que a partir desta última foram elaboradas normas percentíficas (P) e padrões (T). Concluiu-se que a versão com dez itens, apesar de não cobrir todo o construto Assertividade, é válida para definir nível de desinibição. Por outro lado, sugere-se a elaboração de um novo instrumento para mensurar Assertividade, que deverá ser precedido de estruturação conceitual deste construto psicológico.