As has happened in other western countries, in Italy too the theme of the perception of security and the connected demand for security by citizens has assumed a central role in the political debate. The response of the institutions to this demand, both in terms of rhetoric and practice, has shown the effects of the politicization of this issue, which is tempting for the mass media and politicians, and subject to the typical dynamics of populism. The specifics of the Italian situation are in the role played in the last twenty zears by local bodies, particularly mayors, in constructing the theme of urban security. It has been described both in terms of precautionary measures and programmes to improve the quality of life and the city itself, and in punitive terms, with references to the slogan of «zero tolerance». The year 2007, on the wave of a series of savage crimes in Rome, was decisive for the success of the second of these two readings, the alarmist and emotional one, which included elements of xenophobia. On this occasion the centre-left proved incapable of finding its own independent, effective discourse on the theme of urban security.

Assim como aconteceu em outros países ocidentais, na Itália também o tema da segurança e de sua conexa percepção por parte dos cidadãos assumiu um papel central no debate público. A resposta que as instituições têm dado a esta pergunta, seja em termos retóricos ou práticos, se ressentiu dos efeitos da politização desta questão, desejável para a mídia e para os políticos, e sujeita a dinâmicas típicas do populismo. A especificidade italiana, nos últimos 20 anos, está no papel desempenhado pelos Municípios, e em particular pelos prefeitos, na construção do tema segurança urbana. Este último foi declinado seja em termos de programas de prevenção, e pelo melhoramento da qualidade de vida e do decoro urbano, seja em termos punitivos, com referências ao slogan da “tolerância zero”. O ano de 2007, sob a onda de uma série de brutais delitos ocorridos em Roma, foi decisivo para o sucesso de leituras de tipo alarmista e emotivo, não de todo libertas de tons xenófobos. Justo nessa conjuntura ampliou-se a dificuldade de um discurso autônomo e eficaz sobre segurança urbana de parte da esquerda italiana.

Políticas de Segurança Urbana e Tolerância Zero na Itália / Ricotta, Giuseppe. - In: REVISTA DIREITOS HUMANOS E DEMOCRACIA. - ISSN 2317-5389. - ELETTRONICO. - 1:1(2013), pp. 170-191. [http://dx.doi.org/10.21527/2317-5389.2013.1.170-191]

Políticas de Segurança Urbana e Tolerância Zero na Itália

RICOTTA, Giuseppe
2013

Abstract

As has happened in other western countries, in Italy too the theme of the perception of security and the connected demand for security by citizens has assumed a central role in the political debate. The response of the institutions to this demand, both in terms of rhetoric and practice, has shown the effects of the politicization of this issue, which is tempting for the mass media and politicians, and subject to the typical dynamics of populism. The specifics of the Italian situation are in the role played in the last twenty zears by local bodies, particularly mayors, in constructing the theme of urban security. It has been described both in terms of precautionary measures and programmes to improve the quality of life and the city itself, and in punitive terms, with references to the slogan of «zero tolerance». The year 2007, on the wave of a series of savage crimes in Rome, was decisive for the success of the second of these two readings, the alarmist and emotional one, which included elements of xenophobia. On this occasion the centre-left proved incapable of finding its own independent, effective discourse on the theme of urban security.
2013
Assim como aconteceu em outros países ocidentais, na Itália também o tema da segurança e de sua conexa percepção por parte dos cidadãos assumiu um papel central no debate público. A resposta que as instituições têm dado a esta pergunta, seja em termos retóricos ou práticos, se ressentiu dos efeitos da politização desta questão, desejável para a mídia e para os políticos, e sujeita a dinâmicas típicas do populismo. A especificidade italiana, nos últimos 20 anos, está no papel desempenhado pelos Municípios, e em particular pelos prefeitos, na construção do tema segurança urbana. Este último foi declinado seja em termos de programas de prevenção, e pelo melhoramento da qualidade de vida e do decoro urbano, seja em termos punitivos, com referências ao slogan da “tolerância zero”. O ano de 2007, sob a onda de uma série de brutais delitos ocorridos em Roma, foi decisivo para o sucesso de leituras de tipo alarmista e emotivo, não de todo libertas de tons xenófobos. Justo nessa conjuntura ampliou-se a dificuldade de um discurso autônomo e eficaz sobre segurança urbana de parte da esquerda italiana.
Segurança urbana. Políticas públicas. Tolerância zero. Populismo.
01 Pubblicazione su rivista::01a Articolo in rivista
Políticas de Segurança Urbana e Tolerância Zero na Itália / Ricotta, Giuseppe. - In: REVISTA DIREITOS HUMANOS E DEMOCRACIA. - ISSN 2317-5389. - ELETTRONICO. - 1:1(2013), pp. 170-191. [http://dx.doi.org/10.21527/2317-5389.2013.1.170-191]
File allegati a questo prodotto
Non ci sono file associati a questo prodotto.

I documenti in IRIS sono protetti da copyright e tutti i diritti sono riservati, salvo diversa indicazione.

Utilizza questo identificativo per citare o creare un link a questo documento: https://hdl.handle.net/11573/514866
 Attenzione

Attenzione! I dati visualizzati non sono stati sottoposti a validazione da parte dell'ateneo

Citazioni
  • ???jsp.display-item.citation.pmc??? ND
  • Scopus ND
  • ???jsp.display-item.citation.isi??? ND
social impact