Optimization of a gold electrodeposited platform for the development of electrochemical immunosensors

Neste trabalho, descreve-se a optimização de uma plataforma estável e reprodutível para o desenvolvimento de imunossensores electroquímicos não marcados, baseados em nanopartículas de ouro (AuNPs) electrodepositadas (ED) em eléctrodos impressos de carbono (SPCEs, do inglês screen-printed carbon electrodes) da marca Dropsens. A ED foi realizada numa solução de ácido cloroáurico (HAuCl 4 ), usando o método de voltametria cíclica no intervalo entre 1,1 V e -0,1 V vs Ag/AgCl, e o potenciostato portátil EmStatBlue, da PalmSens. O grau de cobertura na superfície do SPCE foi calculado através da área do pico de redução do ouro [1,2] . A influência da concentração de HAuCl 4 e do número de scans na morfologia da superfície dos SPCEs foi investigada utilizando as técnicas de SEM, EDX e de electroquímica, e discutida tendo em conta o diâmetro médio das AuNPs obtido em cada modificação. As características da superfície foram ainda comparadas com as das SPEs de ouro comerciais. A plataforma de ED com melhor desempenho electroquímico, estabilidade e reprodutibilidade foi escolhida para o desenvolvimento de um imunossensor de lipocalina associada à gelatinase de neutrófilos (NGAL, do inglês neutrophil gelatinase-associated lipocalin), um biomarcador da lesão renal aguda (LRA). Para tal, a plataforma ED/SPCE foi modificada com um composto tiol (ácido 2-mercaptopropiónico) e depois funcionalizada através da imobilização do anticorpo NGAL por ligação cruzada (EDC/NHS), seguida do bloqueamento da superfície para evitar ligações não específicas. O limite de detecção (0,56 mg/mL) e a sensibilidade obtidos são compatíveis com o intervalo de concentrações adequado para o diagnóstico da LRA em urina [3,4] . Por conseguinte, o imunossensor de NGAL tem forte potencial de ser usado como teste rápido para detecção precoce da LRA, e na subsequente tomada de medidas para limitar a evolução da lesão.