Linguaggio poetico e resistenza in Sophia de Mello Breyner Andresen

Das origens até a sua queda, mediante o suporte de vários órgãos de controle e de propaganda, o salazarismo inflige duros golpes à cultura e à sociedade portuguesa em geral, manipulando conceitos e limitando a liberdade de expressão. Uma grande parte da produção poética de Sophia de Mello Breyer Andresen insere-se neste contexto de empobrecimento intelectual e repressão das liberdades individuais, em relação ao qual a poetisa reage, utilizando uma escrita transparente e cautelosa, construída através do emprego consciente e prudente de uma linguagem ao mesmo tempo críptica e explícita. Por meio da análise de seis poemas expressivos desta problemática, serão esclarecidas algumas características desta sua língua “resistente”, sobre a qual se funda uma poesia que tenciona expressar antes de tudo uma moral, levando a autora para uma pesquisa perene da justiça, rumo a uma participação ativa no processo de formação de uma consciência comum.

Dalle origini alla sua caduta, tramite il supporto di differenti organi di controllo e propaganda, il salazarismo infligge duri colpi alla cultura ed alla società portoghese, manipolandone idee e libera espressione. Gran parte della produzione lirica di Sophia de Mello Breyner Andresen s’inserisce in questo contesto di impoverimento intellettuale e repressione delle libertà individuali, di fronte al quale la poetessa reagisce servendosi di una scrittura lucida ed attenta, costruita mediante l’uso consapevole e cauteloso di un linguaggio al contempo criptico ed esplicito. Attraverso l’analisi di sei componimenti significativi, verranno illustrate alcune caratteristiche di questa sua lingua “resistente”, sulla quale viene fondata una poesia che vuole porsi anzitutto come una morale, spingendo l’autrice verso una ricerca perenne della giustizia ed una partecipazione attiva nel processo di formazione di una coscienza comune.