Neste texto tenho como objetivo mostrar que um processo de aprendizado pode ser identificado se situando nas três gerações da Escola de Frankfurt, a respeito dos componentes psicológicos de suas perspectivas e a maneira com que estes componentes influenciam a capacidade descritiva e normativa das teorias em geral nas quais eles estão incrustados. Através desta análise crítica de seus elementos psicanalíticos, a Dialética do esclarecimento surge como uma obra que, enquanto advogando para a libertação racional e instintiva da opressão, não pode prever realisticamente uma superação prática da ordem social dada (I). A perspectiva habermasiana possui esta capacidade, contudo, ainda não consegue implantar completamente seu momento emancipatório. Devido ao redutivo uso da psicanálise, substancialmente restrito à sua rendição da abordagem freudiana em Conhecimento e interesse, Jürgen Habermas renuncia a capacidade de entender as dinâmicas fundamentais da reprodução da dominação (II). A concepção psicanalítica subjacente à teoria de Axel Honneth do reconhecimento (III) é capaz de superar limitações de abordagens anteriores, portanto constitui a culminação do processo de aprendizagem destacado em meu texto – todavia com a reserva do que exponho (IV).
Teoria crítica e psicanálise: um processo de aprendizado de Adorno, através de Habermas, até Honneth / Piromalli, E. - (2019), pp. 30-58.
Teoria crítica e psicanálise: um processo de aprendizado de Adorno, através de Habermas, até Honneth
E Piromalli
2019
Abstract
Neste texto tenho como objetivo mostrar que um processo de aprendizado pode ser identificado se situando nas três gerações da Escola de Frankfurt, a respeito dos componentes psicológicos de suas perspectivas e a maneira com que estes componentes influenciam a capacidade descritiva e normativa das teorias em geral nas quais eles estão incrustados. Através desta análise crítica de seus elementos psicanalíticos, a Dialética do esclarecimento surge como uma obra que, enquanto advogando para a libertação racional e instintiva da opressão, não pode prever realisticamente uma superação prática da ordem social dada (I). A perspectiva habermasiana possui esta capacidade, contudo, ainda não consegue implantar completamente seu momento emancipatório. Devido ao redutivo uso da psicanálise, substancialmente restrito à sua rendição da abordagem freudiana em Conhecimento e interesse, Jürgen Habermas renuncia a capacidade de entender as dinâmicas fundamentais da reprodução da dominação (II). A concepção psicanalítica subjacente à teoria de Axel Honneth do reconhecimento (III) é capaz de superar limitações de abordagens anteriores, portanto constitui a culminação do processo de aprendizagem destacado em meu texto – todavia com a reserva do que exponho (IV).File | Dimensione | Formato | |
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