Diagnóstico e tratamento da Síndrome Coronariana aguda sem Elevação do Segmento ST

As lesões ateroscleróticas tipicamente se formam ao longo de décadas e permanecem de forma assintomática e insidiosa por longos períodos. No entanto, em um determinado momento e de forma inesperada essas lesões sofrem um processo na placa aterosclerótica tornando-se instáveis e produzem um conjunto de sinais e sintomas o qual denominamos de síndrome coronária aguda (SCA). Neste contexto, conforme demonstrado na Figura 1, esses pacientes com dor torácica podem ser estratificados em quatro grupos: 1) infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST); 2) IAM sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST); 3) angina instável (AI); 4) dor de origem não cardíaca.1 Essa distinção entre AI ou IAMSSST baseia-se fundamentalmente na positividade dos marcadores de necrose miocárdica já que o conjunto de sinais, sintomas e alterações ao eletrocardiograma podem ser idênticos nas duas condições. No presente capítulo iremos focar nos casos de IAMSST, sendo os casos de angina instável avaliados em conjunto.